“Quem ama perdoa”. Todas nós já ouvimos essa frase, mas como ela é traduzida no nosso dia a dia? Será que acreditamos que isso é verdade? Será que vivemos isso quando a oportunidade se apresenta?
Se você está lendo essa Série, existem chances de você já ter vivido o oposto dessa frase. Talvez quem falou isso tenha feito tanta coisa errada que criou essa frase em benefício próprio.
Ou talvez essa seja uma verdade em que eu e você acreditamos, mas não praticamos quando somos o agente praticante dessa ação. Mas que ação? A ação de amar.
Como todos os filmes da Disney que assistimos na nossa infância, nós crescemos com a ideia de que amar é um sentimento que traz uma sensação quentinha no nosso interior quando vemos ou pensamos na pessoa amada. Mesmo que você esteja lendo isso e falando para si mesma, “Mas isso é bobagem. Ninguém maduro acredita nisso”. Então, por que será que eles continuam fazendo filmes assim? E por que será que a indústria cinematográfica investe tanto em trazer para os grandes telões essas histórias que se repetem filme após filme? E por que será que investimos alto para assistir essa falsa realidade?
Talvez exista em nós o desejo de amar e ser amado com um final feliz. E como nós temos que viver a nossa vida todos os dias, a ideia de duas horas de filme que mostra uma vida inteira nos consola.
Eu amo ir ao cinema, mesmo quando tenho que comprar a pipoca mais cara do planeta para assistir a um bom filme. Nada como um bom filme onde as injustiças da vida são resolvidas em duas horas. Nada como saber que no final o vilão vai se dar mal e a pessoa do bem vence. A pessoa que ama vence. Mesmo nos filmes onde o final não é necessariamente feliz, mas justo, lindo ou romântico.
Nós desejamos tanto um final feliz que Hollywood se beneficia por completo com isso quando cria uma série de filmes já nos preparando para o próximo, nos dando uma vitória parcial e indicando que a luta não acabou. Que o “mocinho” terá que continuar lutando, porque o mal está só dando uma pequena trégua.
E isso se conecta com a nossa realidade diária, não conecta? Nós vencemos um dia de cada vez, mesmo que em nós habite um desejo de vencer por completo.
Hoje eu venço o meu chefe ser grosso comigo no trabalho, mas será que eu consigo vencer o meu marido ser grosso comigo em casa?
Hoje eu venço a moça na loja me tratar mal, mas será que eu venço quando a minha melhor amiga me trata mal?
Hoje eu venço quando a senhora no banco fala duro comigo, mas será que eu venço quando a minha mãe fala duro comigo?
Hoje eu venço quando o meu professor chama a minha atenção na frente da classe inteira, mas será que eu venço quando o meu pastor me corrige?
Quando é mesmo que o “Quem ama perdoa” acontece na minha vida?
Vamos parar um pouco para pensar de forma prática nisso? Talvez seja mais desafiador do que pensamos, mas eu quero encorajar você a parar comigo para meditarmos nos benefícios que podemos ter em aprendermos a AMAR abaixo do nível da superfície.
Jordania Nargiz
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