“Não” é uma das primeiras palavras que ouvimos, e ela nos acompanha enquanto crescemos, pois possibilita que estabeleçamos limites, exijamos respeito e asseguremos autoproteção. Em essência, o conceito de “não” pode ser bastante positivo.
Porém, à medida que o tempo passa, o “não” que antes estabelecia limites saudáveis e nos protegia de perigos vai ganhando um gosto um tanto amargo, passando a apresentar conotação nem sempre positiva.
Começamos a vê-lo como meio de restrição – ou mesmo de ataque – à nossa criatividade e liberdade.
Mas em que ponto ocorre essa virada? Em que estágio de nossa jornada começamos a acreditar que dizer “não” implica em risco de sermos rejeitados, julgados e mal-entendidos?
A história de Adão e Eva apresenta o primeiro “não” instaurador de limites, quando Deus incumbiu a Adão o domínio sobre a terra, advertindo-o para que não comesse do fruto da árvore localizada no meio do Jardim do Éden.
“E o Senhor deus ordenou ao homem: ‘Coma livremente de qualquer árvore do jardim, mas não coma da árvore do conhecimento do bem e do mal, porque no dia em que dela comer, certamente você morrerá” – Gênesis 2.16-17.
Medo da Rejeição
Já parou para questionar o porquê de não conseguir dizer não? Uma das razões mais frequentes é o medo da rejeição. Contudo, é bastante provável que escolhamos acreditar que o fazemos por gostar de ajudar. Também é possível que aleguemos nos faltar coragem para recusar pedidos, convites ou sugestões.
Cada vez que aceitamos algo que contraria nossa vontade ou nossos princípios, é como se estivéssemos colando um lindo adesivo para encobrir nossa real intenção. Mas, se puxarmos esse adesivo, veremos que o medo da rejeição estar bem ali debaixo daquela cola que nos impede de ser livres.
A verdade é que todos desejamos avidamente preservar nosso autoconceito. Até mesmo as pessoas mais confiantes e seguras de si podem titubear diante de uma eventual ameaça de rejeição.
“Se não nos libertamos do medo da rejeição isso pode fazer que nos tornemos quem não somos e nos tirar totalmente a leveza”.
Jordania Nargiz
Vantagens de dizer “não”
Dizer “não” é difícil, pois implica o risco de perder amigos (ou supostos amigos), a chance de os outros passarem a ver-nos de forma diferente e a possibilidade de vivenciar desconforto em maior ou menor grau.
Mas, isso também faz que nos reconheçamos como pessoas que respeitam os próprios princípios, tempo e convicções.
No longo prazo, dizer “não” revela, para nós e para os outros, quem realmente somos, e isso é libertador!
Diga “não” sem medo ou culpa
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