A paz do Senhor! Sou eu, Ann Renee, outra vez.
Dessa vez, quero contar minha história de amor… Detalhe: a Jordania acompanhou minha história de perto. Ouviu muitos desabafos e mais. Valeu amiga!
Ele era moreno, tinha um sorriso contagiante, parecia ser bem genuíno e transparente. Todas as meninas estavam de olho nele já que era o novo rapaz da igreja.
Ele era músico. Tocava violão e baixo – exatamente o que precisávamos na nossa equipe.Era retiro de carnaval e como líder de nossa equipe, e a pedido do pastor, entrevistei esse novo varão (como diziam). Senti que ele era realmente um adorador e então ele começou a tocar com nossa equipe nessa mesma noite.
No dia seguinte, todos os jovens foram a cachoeira de Taquarussu.
Escalar pedras escorregadias não era o meu forte, mas ele, Erivelton, me ajudou e foi ai onde me apaixonei… A jornada de espera e paciência que se transcorreu depois desse dia, foi muito difícil.
A dura realidade era que nossa igreja tinha muitas meninas solteiras, procurando seu ungido de Deus, e pra completar, todas eram lindas! Eu era a mais feia de todas!Meu coração batia forte quando o via. Minhas emoções ficavam a flor da pele; mas minha mente dizia “você não tem chance alguma!”. Ao mesmo tempo, havia uma outra parte de mim que se chamava “fé”. Fé e o desafio de agir de forma diferente dessa vez.
No passado eu agia na emoção. Começava namoros sem parar para buscar a Deus, ou mesmo pensar. De repente estava em situações complicadas e acabava terminando com os caras e consequentemente, sofrendo. Dessa vez tinha que ser diferente.
Nos dias e meses que seguiram, Erivelton e eu cultivamos uma amizade muito forte e bonita. Ele me ligava todos os dias e conversávamos por muito tempo. Era muito fácil conversar com ele, e melhor ainda era ministrar louvor juntos. Pela primeira vez na minha vida, o medo de casar desapareceu. Sabia que com ele eu poderia encarar qualquer desafio, qualquer dificuldade da vida. Sentia paz e segurança. Algo que não havia sentido nos outros relacionamentos.Mas havia um outro lado dessa história. As meninas da igreja começaram a investir nesse novo irmão…
Cestas de café da manhã, tele mensagens românticas, ou simplesmente declarações diretas pedindo que ele namorasse com elas. Pra piorar, ele me contava tudo! E se isso não fosse suficiente, sua ex-namorada não parava de mandar cartas e presentes, pedindo que ele voltasse pra ela. Uma irmã até veio me visitar e disse que queria me informar que ela não ia ficar de braços cruzados como eu, mas que ia lutar até conseguir ficar com ele!
Meu coração queria explodir! Era como uma ferida aberta sendo cutucada! Orava e pedia a Deus que se esse sentimento não fosse dentro dele, que tirasse isso de mim. Mas não, cada dia encontrava mais razões para esperar por ele. Sabia que era um verdadeiro homem de Deus.
Era agosto quando decidi ter uma conversa bem franca com ele. Já o conhecia o suficiente pra saber que podia abrir meu coração e foi o que fiz. Contei dos meus sentimentos e pedi simplesmente que ele me ajudasse em oração. Que se o que sentia fosse de Deus, que ele sentisse o mesmo e se não fosse, que Deus mudasse o meu coração.
Ele confessou que realmente só gostava de mim como amiga, mas que sim, iria orar e que se eu concordasse, continuaremos sendo amigos. E foi isso que fizemos.
De agosto de 1995 a agosto de 1996, foi bem interessante. Por um lado, parecia impossível – meninas continuavam se apaixonando por ele e investindo. Ele não demonstrava interesse em mim… Por que continuar esperando?
Porém, o lado contrário a tudo que parecia impossível eram as confirmações que tinham no meu coração, em conjunto com a dos meus líderes espirituais e dos meus “irmãos” e “irmãs” (Jordania foi uma delas). Havia uma outra irmã que orava por mim e sempre dizia: “Não desista! Um dia ele será seu…”
Era agosto de 1996. Continuávamos amigos mas sem nunca tocar no assunto. O que eu sentia por ele já não era paixão. Era um sentimento maduro, já mais calmo. Era amor.
Sábado, 24 de agosto, a mãe dele me convidou pra dormir em sua casa. Ela me disse que sentia que ele ia falar comigo.
Havia sonhado como esse momento por tanto tempo, mas de repente me via escutando tudo que ele estava dizendo sem muita emoção…
Em resumo, ele falou que eu era a mulher com quem ele queria casar. Ajoelhamos e ele orou pedindo a benção de Deus sobre nossas vidas e na de
nossos filhos, etc.
Ai sim, a paixão voltou e se juntou com o amor – sonho realizado!
Quatro meses depois, casamos.
Já são 16 anos de felicidade! Salmo 40:1 “Esperei pacientemente no Senhor e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor”.
Meu casamento é muito melhor do que eu poderia sonhar ou imaginar. Temos um filho, Brenno (14 anos) e uma filha, Brenda (9 anos). Uma benção de Deus!
Qual é o segredo de nosso casamento e família abençoada? É que nunca paramos de buscar ou servir a Deus!
Continuamos ministrando louvor, só que agora somos quatro!
Conselhos baseados no que vivi e aprendi:
1. Vale a pena esperar ao invés de agir sem antes buscar a Deus em oração.
2. Sempre buscar confirmação dos seus líderes espirituais/amigos próximos.
3. Quando em dúvida, não esqueça de que o Espirito Santo de Deus fala ao seu coração e sempre lhe da paz quando está no caminho certo. E quando não, lhe deixa inquieta, até que tome a decisão certa.
Beijos meninas!!! vale a pena esperar!
Ann Renee
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