Quanto vale a sua palavra?
Já ocorreu de você deixar de honrar um compromisso na data ou hora prevista e, dias depois, mandar uma mensagem dizendo-se pronto para cumprir o prometido, mas repetir essa conduta várias vezes?
Houve um tempo em que contratos escritos não eram necessários, pois a palavra era tudo de que se precisava para firmar um acordo. Mas o tempo passou, as coisas mudaram… E as pessoas? Continuam acreditando no peso e valor da palavra ou isso também mudou? Estou certa de que mudou e você?
Quando deixamos de cumprir o que dizemos, por mais banal que tenha sido a ocasião, devemos ter a dignidade de comunicar isso com antecedência, e é necessário haver em nós um profundo sentimento de desconforto. Sem esse sentimento, é bem provável que, até para nós mesmos, nossa palavra não tenha valor.
Precisamos rever o que, de fato, é valioso para nós e em nós!
Isso é algo muito sério e perigoso. Por que, se não conferimos a devida seriedade e integridade ao que falamos, estamos revelando, de forma indireta, que nos falta integridade para cumprir o que dizemos.
Quando damos nossa palavra, ela não pertence mais a nós, mas a pessoa que entregamos. Pois, quando afirmo algo a alguém, gero nessa pessoa a expectativa de que vou cumprir tal afirmação. Se minhas ações não são condizentes com isso, estou mentindo. E, se prometi algo sem a intenção de cumprir, estou mentindo desde o início.
Palavra sem compromisso é sinônimo de mentira!
A Bíblia diz, em Provérbios 12:19: “Os lábios que dizem a verdade permanecem para sempre, mas a língua mentirosa dura apenas um instante”. Você pode estar pensando: Ah, Jordânia, você está sendo muito radical! Não é para tanto! Afinal, não é bem uma mentira. É só um modo de dizer… Eu mesmo falo isso sem nenhuma maldade”.
Quando fui confrontada com esse versículo, eu me lembrei de todas as vezes em que disse: “Sim, vamos combinar alguma coisa!” sem a real intenção de cumprir minha palavra. Fazia esse comentário como algo irrelevante, coisa de momento, e não como uma palavra que deveria ser sustentada. A Bíblia chama isso de mentira!
Se você também foi confrontada com esta verdade, então, convido você a parar e fazer um inventário das suas palavras e decidir o verdadeiro valor de cada uma delas. Suas palavras pertencem a você; portanto, somente você tem o poder de dar a elas o valor que merecem.
Designar valor aos nossos sentimentos e comportamentos é parte do processo de amadurecer nossa visão e nosso intelecto, bem como de ampliar nosso autoconhecimento.
Jordânia Nargiz
[Trecho do livro: Você não está sozinha]
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