Durante minha vida, entendi que: “Quando se almeja ser aceito e respeitado pelos outros, comumente é preciso esconder muito de quem se é, porque, em geral, as pessoas se sentem mais à vontade com a versão editada de quem somos do que com nosso verdadeiro eu. Embora todos aleguemos aceitação incondicional, a realidade é outra.[…] Escondemo-nos dos outros e de nós mesmos (ou pelo menos tentamos) porque a autenticidade absoluta é assustadora.”
Isso porque todos nós ansiamos pela aprovação de quem realmente somos.
Na Bíblia em Genesis 3, versículo 8: “Ouvindo o homem e a sua mulher os passos do Senhor Deus, que andava pelo jardim quando soprava a brisa do dia, esconderam-se da presença do Senhor Deus entre as arvores do jardim”, relata que, após a desobediência de Adão e Eva, surgiu a vergonha, o qual é descrito como um sentimento de insegurança causado por medo do ridículo e do julgamento dos outros. E consequentemente, aprendemos a nos esconder dos outros, de nós mesmos e até queremos ou pensamos que podemos nos esconder de Deus. Queremos ocultar não só o que fizemos, mas também a razão para tal feito, pois temos medo de que as circunstâncias mudem se fomos descobertas.
No entanto, te garanto que o único caminho para a liberdade plena, é assumir a nossa vulnerabilidade, diante de nós mesmas e dos outros. Está escrito em Eclesiastes 12, versículo 14: “Pois Deus trará a julgamento tudo o que foi feito, inclusive tudo o que está escondido, seja bom, seja mal.”, relevando a nós qual é o desejo de Deus em relação às pequenas e às grandes coisas que ocultamos.
Na vida, estamos sempre ouvindo que as pessoas são más. E querendo ou não, sabemos que a maldade também habita em nós, porém, desejamos ser boas e ansiamos que as pessoas também sejam boas. Porém, estamos sempre “culpando” nossos pecados por tudo o que acontece, como se estivessem fora de controle, como se fossem uma força avassaladora que toma conta de nós e nos obriga a ser maus e tomar atitudes ruins. Contudo, não vejo dessa forma. Para mim, o pecado resulta de uma combinação de elementos que contrariam nossa “receita original”.
Pois, quando fomos criadas, não tínhamos necessidade de nos esconder. No início de tudo, éramos criaturas boas, à imagem e semelhança de Deus. No entanto, após o surgimento do pecado, nossa visão foi lesionada, trazendo uma visão embaçada de nós mesmas. Mas o Pai providenciou um plano para nos restaurar, e esse plano redime todos os nossos pecados; portanto, não precisamos mais nos esconder!
A Bíblia diz que o amor perfeito de Deus cobre toda impiedade. Se o pecado resulta de uma combinação de elementos não previstos em nossa receita original, é hora de recorrermos ao amor para que sejamos levados de volta à nossa condição primeira, isto é, para que o bem de Deus seja restaurado em nós.
É hora de dizermos com confiança:
“EU FUI CRIADA EM BONDADE E SOU COBERTA PELO AMOR DIVINO!”
Trechos retirados do livro “Você não está sozinha” de Jordânia Nargiz.
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